quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Somos todos escravos do espelho?



Desde a Grécia antiga o homem tem valorizado a estética, o culto a beleza, o corpo aperfeiçoado era sinônimo de força, virilidade, bravura. Hoje, mais do que nunca, as pessoas depositam demasiada importância a beleza física, vivemos numa era completamente visual.As academias nunca estiveram tão cheias e a maioria das pessoas que ali se encontram não estão preocupadas em cuidar da saúde, e sim em manter seus corpos bonitos.As indústrias farmacêuticas superam a venda de produtos emagrece dores, aqueles que prometem "milagres", as clínicas de estética superam seus orçamentos. Estes são os sintomas de um mal muito grave que o mundo vem sofrendo - a vaidade.Este é o ponto vulnerável das pessoas, porém é uma "carta na manga" para a indústria cultural, que utiliza a mídia para divulgar os estereótipos, como devemos nos vestir, qual penteado devemos usar, qual deve ser o nosso "peso".E assim, o excesso de vaidade faz com que o consumismo cresça absurdamente.
O apelo publicitário é grande, tudo é padronizado.E corretos estão aqueles que absorvem essa idéia, pois de acordo com o que a mídia veicula eles alcançam o sucesso na vida pessoal e conquistam a ascensão profissional.Quanta ilusão.
Ilusão que tem levado muitos a frustrações, doenças e até mesmo a morte, no caso de distúrbios psicoalimentares como a anorexia e a bulimia, muito comum em jovens do sexo feminino."Entorpecidas "pelo padrão do corpo escultural, tanto explorado pela publicidade.Elas não aceitam o próprio corpo, buscam desesperadamente o emagrecimento, ainda que já sejam magras.
Entre os rapazes a moda é o anabolizante, uma espécie de droga usada para "tonificar" o corpo.O uso indevido acarreta sérios danos a saúde, além de causar dependência, altera o sistema nervoso do usuário, deixando-o extremamente agressivo.
A situação é deprimente, tudo está contido na aparência, os relacionamentos, a vida profissional,a autoestima.CAÍMOS NO ESQUECIMENTO DE QUE A BELEZA ESTÁ ALÉM DO QUE SE VÊ.Não há uma fórmula para a beleza, já que todos somos diferentes, apresentando biótipos diferentes.
"É saudável e compreensivo que cuidemos do nosso corpo, contanto que saibamos fazê-lo de maneira equilibrada.Evitando nos contaminar com essa padronização que a mídia nos empurra, evitando que o narcisismo nos escravize, não correndo o risco de perder nossa identidade."
A aparência não deve estar acima da essência, é tolice acreditar que a personalidade está contida naquilo que se veste,na forma do corpo, na "moldura".A auto-estima se adquire com auto conhecimento.Só assim passaremos a enxergar além da imagem que é projetada no espelho, enxergaremos quem realmente somos, e então a aparência virá em segundo plano.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Até uma jornada de mil milhas começa com o primeiro passo...

E como é difícil dar o primeiro passo.Requer confiança, desinibição, coragem.
Então, aqui estou, dando o primeiro passo.Não apenas esboçando palavras, mas expondo minhas ideias e revelando meus sentimentos.
Sei que isso é arriscado, mas são os riscos que delimitam a vida.

Como disse Sêneca:

"Rir é correr risco de parecer tolo.
Chorar é correr o risco de parecer sentimental.
Estender a mão é correr o risco de se envolver.
Expor seus sentimentos é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.
Defender seus sonhos e idéias diante da multidão é correr o risco de perder as pessoas.
Amar é correr o risco de não ser correspondido.
Viver é correr o risco de morrer.
Confiar é correr o risco de se decepcionar.
Tentar é correr o risco de fracassar.
Mas os riscos devem ser corridos, porque o maior perigo é não arriscar nada.
Há pessoas que não correm nenhum risco, não fazem nada, não têm nada e não são nada.
Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões, mas elas não conseguem nada, não sentem nada, não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
Acorrentadas por suas atitudes, elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
Somente a pessoa que corre riscos é livre!”